A Escada do Céu

Numa viagem cheia de tensões pessoais Jacó teve uma visão de uma escada que unia terra e céu e, no resplendor da mesma, percebeu que anjos subiam e desciam por ela (Gênesis 28). Muitas coisas poderiam ser ditas a respeito dessa escada, mas com certeza, contrasta com os degraus da torre de babel. Construção essa, movida pelo orgulho e altivez humana (Gênesis 11).

Mas nessa oportunidade, meditaremos sobre sete degraus da fé que o Apóstolo Pedro propõe em sua Segunda Carta Universal (2 Pedro 1.5-7).

Primeiro degrau: Fé e Obras. E a razão é simples: sem fé é impossível agradar a Deus e, ao mesmo tempo, a fé sem obras é morta. Nossas atitudes devem anunciar Deus. Nossos melhores sermões são os construídos por ações e não por palavras.

Segundo degrau: Obras e Conhecimento. Obras (virtude no texto) que não geram reflexão se transformam em virtuosismo moralista e auto glorificante. Desse sentimento nasce o orgulho, o legalismo, o farisaísmo humano, por outro lado obras sem conhecimento são ações que erram o objetivo. Nosso alvo maior deve ser em agradar o Criador.

Terceiro degrau: Conhecimento e Domínio Próprio. Conhecimento separado de autocontrole normalmente nos mergulha numa forma de saber permissiva e que não encontra para si limites, sempre sendo capaz de dar explicações para toda e qualquer forma de atitude ou comportamento. Assim nasce a licenciosidade, o endeusamento dos prazeres, o egocentrismo.

Quarto degrau: Autocontrole e Perseverança. Domínio Próprio sem perseverança pode se transformar em virtuosismo passivo, incapaz do risco, completamente inoperante. Precisamos de um alvo espiritual e empreender todas as nossas forças.

Quinto degrau: Perseverança e Piedade. Piedade aqui pode ser também vista como generosidade, compassividade e misericórdia. Assim se vê que perseverança que não acompanha piedade compassiva pode se tornar em obstinação fria, incapaz de se desviar de um objetivo, passando por cima de tudo a fim de alcançar seus fins. A piedade concede ética ao andar perseverante. Quando subimos este degrau é colocado um sentimento de pureza, de santificação. Não basta andar de qualquer maneira, mas o que nos satisfaz espiritualmente é quando temos a certeza de ser espelho da glória do Todo – Poderoso.

Sexto degrau: Piedade e Fraternidade. Piedade sem fraternidade produz messianismo e superioridade espirituais. O piedoso solitário inevitavelmente se torna arrogante. A piedade que não se torna cúmplice com o sentir fraterno olha o outro de cima para baixo. É a visão experimentada a partir da fraternidade que põe o piedoso no nível de seus irmãos e não em superioridade sobre eles. Todo ser humano é imagem e semelhança de Deus e no mínimo merecem ser respeitados.

Sétimo degrau: Fraternidade e Amor. Fraternidade é sempre uma maneira humana e irmã de amor. Entretanto, o amor fraterno encontra a sublimidade no plano dos olhos e do horizonte. No amor fraterno, tem-se imanência, contato, carinho, doação de bens e de si mesmo, toque e a possibilidade da comunhão entre os iguais.

Subindo estes degraus verás no topo o Senhor Jesus, àquele que morreu na Cruz e ressuscitou ao terceiro dia, convidando a passar a eternidade do seu lado.

Por: Pr. Elias Alves Ferreira

Fonte: Sou da Promessa

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