A preguiça é uma droga

De ateus a cristãos ninguém elogia a preguiça. Se dar bem e ao mesmo tempo ter como prática de vida a preguiça, são coisas que não se combinam. De tão negativa que é a característica da preguiça como estilo de vida – o que não se compara com aquela “preguicinha” que todo mortal sente após trabalhos e almoços! – ela deu nome a uma droga lá no Uruguai. Lá, a maconha é conhecida como a droga da preguiça, por conta da grande massa juvenil que diariamente a consome publicamente na orla ou nas praças, tudo liberado por lei há quase quatro décadas.

Se não podemos com o inimigo, vamos nos unir a ele. Na prática é o que está acontecendo. Na página 117, da Veja de 13 de novembro de 2013, começa a matéria exatamente com esse tema: “Estados Unidos da Maconha”, discorrendo sobre os dois estados americanos que já liberaram a droga sob prescrição médica e estão as portas de adotar seu uso como recreação. Isso mesmo, recreação. Ou seja, já que não conseguimos combater o mal evidente, vamos nos juntar a ele, legalizar e usufruir dos lucros. Será?

A matéria traz informações e afirmações no mínimo embaraçosas para a turma que defende a liberação e legalização. Destaquei algumas:

 “O uso frequente da droga aumenta o risco de uma pessoa sofrer de esquizofrenia, depressão, ansiedade e perda de memória…”

 “Facilitar a entrada de adolescentes no mundo das drogas é um dos óbvios riscos da experiência…”

 “Sabe-se, por exemplo, que o risco de uma colisão no trânsito dobra quando o motorista está sobre o efeito do THC…”

 “Inofensiva, com certeza, a experiência não vai ser. Basta dizer que as próprias empresas americanas que lucram com a maconha proíbem seus funcionários de trabalhar sob o efeito da droga.”

Percebeu? Só consequência ruim e mesmo assim estão legalizando. E o que tem de bom? Os defensores argumentam que liberando e legalizando os traficantes sairão de circulação e melhorará a arrecadação dos impostos. Falácia. A própria matéria fornece dados a respeito do álcool, quando se imaginava que iria valer a pena sua liberação, que contradizem esse discurso: “Nos Estados Unidos, o custo social da bebida, entre gastos hospitalares e acidentes, é dez vezes superior à receita com sua tributação.”

Toda essa onda de aceitação começou há tempos, mais precisamente quando a atual geração de políticos, legisladores, empresários e médicos eram garotos curtindo cada um a sua droga. Hoje eles estão no poder, formam opinião e, uma vez que frente a exigências meramente materialistas deram certo, acham que é certo, influenciando diretamente no resultado de pesquisas atuais. Em 1969 apenas 12% eram a favor, hoje 58% dos americanos se dizem favoráveis a legalização da droga.

Estamos assistindo a voz profética se confirmar dia após dia. O mal vai tomando o lugar do bem sem qualquer cerimônia. Mídias de todos os segmentos esquentam o debate e vão marcando posição. No congresso os projetos vão sendo repetidamente tentados, testados e, mais cedo ou mais tarde, aprovados. É tudo uma questão de tempo, pois nas universidades a agenda anti-cristã  é mais atual que nunca. Os valores, definitivamente, estão de ponta cabeça.

Os jovens reféns da droga no Uruguai, recebem o apelido de ni-ni, que significa “nem-nem” em português, ou seja, nem estudam nem trabalham. Não devemos e não podemos ser uma geração de cristãos ni-ni, nem oram nem pregam, nem obedecem nem testemunham, nem ajudam nem auxiliam.  O caos social atual foi devidamente profetizado, ok. Mas também nos foi garantido que uma semente pura serviria a Deus de geração em geração.

É necessário dar um basta na preguiça, arregaçar as mangas e cada um, no seu turno, nos seus limites, com seus recursos, no pleno exercício dos seus talentos, enfim, é necessário que cada um faça bem feito a sua parte. A Graça continua disponível, ainda. Cristo continua querendo salvar, ainda. Mesmo que nossa geração esteja convencida de que o mal é bem e o bom é mau, em Cristo sabemos o que de fato é bem e é bom. Façamos a nossa parte social, intelectual e espiritual. A parte dAquele que jamais se contamina com a preguiça, que jamais cochila ou dorme, como sempre, será feita com poder e grande glória.

Paz!

Por: Pr. Edmilson Mendes

Fonte: Sou da Promessa

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