Beleza Improvável

(1 Samuel 16.7.)

Dias passados fui presenteada com uma planta, àqueles que me conhecem sabem o quanto eu as amo. Porém, o estado dessa plantinha não revelava beleza alguma, ao contrário, do jeito que ela estava provavelmente seria rejeitada por muita gente, seria jogada ao lixo. Ela estava amarelada, triste, e sem nenhum indício de floração, mas minha amiga disse que a flor que brotava dela era linda. Então, resolvi investir. Plantei aquela coisinha feia ao lado da videira do meu jardim. Adubei, reguei, fiz um carinho e muitos elogios, eu converso com as plantinhas.

Depois de algum tempo aquelas folhas envelhecidas foram substituídas por novas, verdinhas, e em pouco tempo dois pendões surgiram alegremente, mostrando lindas flores em tons pastel, rosa e amarelo. Euforicamente, mostrava aquela linda flor a todos, até que uma dessas visitas, com uma risada, disse-me que aquela flor era uma orquídea. Grande e alegre surpresa! Poderia ter perdido a oportunidade de ter uma planta sofisticada em minha casa se tivesse olhado para a condição atual dela. E na vida às vezes agimos assim. O preconceito nos faz jogar fora grandes oportunidades por considerá-las perdidas.

Quantas pessoas desprezamos por estarem fora dos padrões estéticos? São vidas que descartamos pela cor, cheiro, etnia, tamanho, peso, sexo, idade… Muitos são as desculpas para não nos envolver, para não mexermos na terra.

Jesus mexeu na terra. Ele pegou 12 homens improváveis e os plantou no jardim da fé.  O resultado foi milhares de flores por muitos séculos. Inclusive a que nasceu em mim.

Acreditar nas pessoas é muitas vezes sujar as mãos, suar, esperar, arriscar e começar de novo. É nunca desistir. É fazer como Jesus, pois se ele não amasse e acreditasse de tal maneira, eu seria primeira a ir para o lixo.

Acredite, invista, pois dessa “planta” que parece estar morta pode nascer uma linda flor, valiosa e sofisticada, assim como a orquídea.

“Porque há esperança para a árvore que, se for cortada, ainda se renovará, e não cessarão os seus renovos.” (Jó 14.7.)

Fonte: Lagoinha

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