Deus não esquece

“Será que uma mãe pode esquecer do seu bebê que ainda mama e não ter compaixão do filho que gerou? Embora ela possa se esquecer, eu não me esquecerei de você! Veja, eu gravei você nas palmas das minhas mãos…” – (Isaías 49.15, 16 (a)).

Deus firmou um pacto conosco por toda a vida. Seu amor supera todas as coisas. Pode uma mulher esquecer-se de seu filho? Abandonar sim, esquecer é quase impossível. Mas, mesmo que acontecesse, e isto referisse a nós individualmente, o Senhor afirma: “Eu não me esquecerei de você”. O amor Divino transcende qualquer forma de amor humano, mesmo o de uma mãe para com o seu filho.

Em nossas fraquezas por vezes afirmamos: Deus não me ama, Deus esqueceu que existo, se Ele me amasse não estaria passando por esta situação… A lista de murmurações às vezes é imensa.  Mas a verdade é que Deus não Se esquece de nós. Seu amor é eterno. Sua fidelidade é real. Sua graça é indizível. Seu perdão é constante. Sua misericórdia não tem fim. Ninguém que O tenha invocado pela fé, se decepcionou. Murmurar é acusar, se opor a Deus. Ninguém que viva um estado de murmúrio é feliz.

Os filhos e filhas de Deus são especiais. Primeiro porque aceitaram voluntariamente esta condição. E por isso, Ele não abandona nenhum, ainda que às vezes nos sintamos assim. Deus é Pai e amigo silencioso que nos compreende e protege. Somos pequenos, mas Ele é grande. Somos limitados, mas o Pai é infinito. Somos fracos, mas o Senhor é forte. Ele escuta os desejos mais íntimos. Ele pode suprir “todas” as nossas carências espirituais.

Há declaração de segurança maior do que: “eu gravei você nas palmas das minhas mãos”? Será que não podemos ver as mãos crucificadas do Mestre? Existe, por acaso, outro lugar melhor para se estar, do que nas “conchas” das mãos do Todo-Poderoso? Da mesma forma como alguém, em cuja mão foi tatuado um nome, onde o vê constantemente, assim estamos nós diante de Deus.

Jesus, o Filho de Deus sim, passou por momentos de profunda solidão. Antes de morrer todos os discípulos O abandonaram. Nem sequer Seus íntimos amigos confiaram nEle.  Nem mesmo os que foram beneficiados por algum milagre.  Desprezado por todos, caminhou sozinho à cruz. E no momento mais grave, exclamou: Deus meu, Deus meu porque me desamparaste? – Mateus 27.46. Mas tudo isso foi necessário para que pudesse: Ressuscitar triunfante, nos salvar, nos perdoar, nos compreender, escrever o nosso nome no livro da vida, nos fazer companhia nos momentos mais difíceis e nos levar ao lar eterno.

Por: Pr. Elias Ferreira

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