Geração canguru

Leiam, como parte introdutória, a seguinte reportagem publicada no dia 2 de junho do corrente ano, no portal G1.

“Homem de 30 anos que foi processado pelos pais por se recusar a deixar a casa deles finalmente abandonou o “ninho”. Ele deixou a casa da família na sexta-feira, duas horas antes de vencer o prazo dado pelo juiz para que cumprisse a decisão judicial favorável aos pais.

De acordo com Christina e Mark Rotondo, o filho, Michael Rotondo, não ajudava com os custos da casa nem com as tarefas domésticas, e gastou o dinheiro que os pais ofereceram para que fosse viver em outro local.

O casal relatou à Justiça que Michael voltou a morar na casa da família há oito anos após ficar desempregado. O rapaz se recusava a sair mesmo depois de receber cinco cartas de despejo desde o início de fevereiro”.

Triste, patético e preocupante.

É a triste realidade da “geração canguru” que a cada ano cresce assustadoramente.

Canguru é aquele animal símbolo da Austrália que carrega seu filhotinho numa espécie de bolsa. Por não ter placenta, Deus dotou essa espécie dessa pele (o nome certo é marsúpio) que além de proteger o filhote, faz parte do processo de desenvolvimento até que depois, entre quatro e onze meses, o deixa totalmente.

Alguns também chamam de “síndrome de Cazuza”, numa referencia ao falecido cantor brasileiro que se declarava super protegido pelos pais.

Nas famílias de hoje existem muitos homens e mulheres, já adultos, que se negam a sair da casa dos pais. Não que filhos adultos sejam obrigados deixarem a casa dos pais.

Mas, o que preocupa, são as razões disfuncionais, doentias que levam famílias experimentarem esse tipo de situação.

Na maioria das vezes, o que se vê são pais super protetores que não promoveram, não incentivaram a autonomia dos filhos, desde a mais tenra idade.

Gosto muito de falar, em meus sermões para as famílias, que os pais precisam aprender com as águias. Essa ave, segundo estudiosos, balançam o ninho para seus filhotes voarem sozinhos e alcançarem a independência. Essa ideia está em Deuteronômio 32.11, quando diz que “como águia, desperta seu ninho”.

Para esses filhos é muito confortável fica no marsúpio dos pais. É mais quentinho e não tem tantas despesas, riscos, responsabilidade, compromissos e obrigações.

O que entristece, como alguém que trabalha com famílias, é perceber que muitos pais gostam e dependem deste tipo de comportamento dos filhos.

Muitos desses cangurus, já adultos, se negam a pular da bolsa familiar. Trabalham, mas não contribuem, em nada, para as despesas familiares. Não compram nenhum pão quando passam em frente a uma padaria.

Muitos tem suas “namoradas”, se relacionam sexualmente, contrariando a vontade de Deus, e permanecem nessa condição por anos a fio.

É fácil ter a roupa lavada, cama arrumada, comidinha na geladeira, vida sexual ativa sem nenhuma responsabilidade e compromisso.

Famílias saudáveis criam seus filhos para experimentarem a autonomia, a independência.

A ordem na Bíblia sempre foi e será: “Deixará homem seu pai e sua mãe e unir-se-á à sua mulher” (Gn 2.24).

Fonte: Click Família

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