Liderança Que Não Abandona

O maior exemplo que nós Cristãos podemos ter é o modelo de liderança deixado por Cristo.

No início do seu ministério, Cristo buscou no Mercado de Trabalho os homens que fariam parte do seu “staff”. Após três anos de investimento estes tornaram-se seus discípulos.

Líder que investe tempo no relacionamento

Costumo questionar meus amigos mais próximos com a seguinte proposta: Se estamos seguindo a instrução de Cristo: Ide e Fazei Discípulos, quanto tempo investimos na vida das pessoas para poder chamá-los de Discípulos?

Permita me fazer um cálculo rápido: Vamos imaginar que Cristo investia diariamente cinco horas no relacionamento com seus discípulos – Acredito que tenha sido muito mais do que isto. Então chegamos à conclusão que foram vinte e cinco horas por semana, cem horas por mês, totalizando três mil e seiscentas horas durante todo o ministério que durou três anos.

Interessante que mesmo depois de ter investido todo este tempo podemos perceber, no registro da palavra, que no domingo da ressurreição, Cristo tinha duas agendas que não poderia enviar outro em seu lugar. Líder que cumpre os tratos. O primeiro compromisso era se apresentar aos discípulos que seguiram uma das suas últimas instruções.

Líder que não abandona

O segundo compromisso era ir à busca dos dois discípulos desertores, que estavam voltando para sua cidade natal, Emaús.

Buscar desertores é uma lição difícil de colocar em prática e perceba que Cristo não terceirizou este compromisso. Poderia ter dado a instrução para João, Tiago, ou até mesmo Pedro que havia recebido uma chamada vip, quando as mulheres ouviram: Avise aos discípulos e a Pedro.

Líder que não terceiriza demandas de maior complexidade

Porém Cristo nos ensina que ao depararmos com problemas de abandono, de maior gravidade, tem que ser tratado pelo principal responsável pelo Projeto e não terceirizar.

Cristo vai atrás dos dois desertores e com certeza se pedisse a opinião dos discípulos que ficaram, é bem provável que ouviria: Não perca tempo com desertores; Que bom que eles se foram já estavam influenciando negativamente os demais; Estes com certeza não eram para ser do nosso seleto Grupo. Normalmente temos esta reação quando estamos refletindo sobre os que se foram.

Aprendo que mesmo depois de ter investido tantas horas nos discípulos, vários churrascos de peixes, tantos milagres vividos juntos, Cristo não abriu mão das ovelhas e vai pessoalmente à busca, demonstrando este extraordinário exemplo de Liderança saudável para ser seguido.

As estatísticas demonstram que são mais pessoas longe das Igrejas do que as que estão nelas. Pessoas que um dia abandonaram, desistiram do projeto do Reino, cansaram, foram desestimuladas por algum acontecimento gerado por terceiros ou por elas.

Por isto quero deixar esta reflexão para todos que exercem a função de Liderança, principalmente os que receberam o título Maior para que observem com carinho e cuidado o modelo deixado por aquele que nos mostrou através do seu próprio exemplo, a maneira que devemos agir na Liderança:

Cristo não abandona desertores e trata destas demandas de forma pessoal.

Desta forma para podermos exclamar com propriedade: Lá vai meu discípulo, antes teremos que investir horas no relacionamento e numa possível perda, buscar, reatar o relacionamento, usar do expediente da conexão e não criar Muros e Paredes de separação.

Fonte: Instituto Jetro

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