Mal de família

Por que você é assim tão explosiva?

Mal de família! Na minha família as pessoas são assim, briguentas, raivosas, amargas.

Por que você é assim tão rabugento?

Mal de família! Na minha família o mau humor é permanente, faça chuva ou faça sol.

Por que você é assim tão reclamona?

Mal de família! Na minha família todo mundo reclama de tudo e de todos o tempo todo, não vendo nada de bom em nada.

Por que você é assim tão mulherengo?

Mal de família! Na minha família os homens não podem ver um rabo de saia que já vão logo dando em cima.

Por que você é assim tão egocêntrica?

Mal de família! Na minha família todos amam a si mesmos além da conta e não querem saber de repartir nada com ninguém.

Por que você é assim tão agressivo?

Mal de família! Na minha família todo mundo vai às vias de fato, isto é, se bate e se agride com tapas e socos.

Se tem um mal que faz muito mal é o mal de família. Sabe o que é mal de família? O mal de família não é espírito nem demônio que visita geração após geração da família.

O mal de família é cultura, é costume, é hábito aprendido e repassado geração após geração da família. Algumas vezes, isso acontece inconscientemente. Outras vezes, conscientemente.

Se o mal de família fosse espírito ou demônio a solução, na minha opinião, seria rápida e definitiva. Bastaria expeli-lo em nome de Jesus! Mas como se trata de cultura, a solução é demorada e complexa.

É assim porque demanda confissão, mudança, conversão, aprendizado, humildade, disposição. Que o diga José, o filho amado de Jacó. O mal de família dele era a mentira.

A mentira era uma cultura familiar que passava de geração à geração. E quanto mais passava, mais se aperfeiçoava. O pai dele, o Jacó, se tornou um excelente mentiroso. E o que dizer dos irmãos dele?

Os irmãos dele aprenderam a mesma cultura de mentira, tanto que por mais de vinte anos sustentou a mentira de que José havia sido morto por uma fera. Mas José não se deixou vencer pelo mal da sua família. Ele venceu o mal da família, por meio de uma mudança de atitude.

Talvez seja isso que falte a você, mudar de atitude. Dizer para si mesmo, em nome de Jesus: “Eu não vou mais levar esse mal de família adiante, para os meus filhos! Ele acaba aqui e agora!” Simples assim. Faça isso antes que o mal de família faça da sua família uma família do mal.

Para com esse orgulho bobo. Admita o seu mal de família, largue-o e, então, você vai achar graça aos olhos do seu Pai do céu, que não dá bola para gente que se acha, mas morre de amor por quem se sabe doente e errado diante dele.

Por Genilson Soares da Silva

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