“… sem mim vocês não podem fazer coisa alguma.” (João 5:5)
Quando os Cristãos foram assim chamados pela primeira vez em Antioquia, foi com conotação negativa (Atos 11.26). A quantidade dos seguidores de Jesus em relação ao mundo era pequena, tinha vindo da pequena aldeia de Nazaré, seus líderes principais eram uns “Galileus”, e sobre tudo Jesus havia morrido como um preso político. Ser um discípulo de Cristo implicava em ser mais que um integrante de um grupo religioso, mas em assumir principalmente a história da cruz. Cristão então, era ser um pequeno Cristo, sujeito ao mesmo destino, a mesma vergonha. E quem gosta de se identificar com uma tragédia? Ou com um líder que foi despido em praça pública, torturado e depois morto?
Este, no entanto, tem sido um fator histórico que tem atraído milhares em busca do verdadeiro sentido da vida. Aliás, ser hoje um pequeno Cristo, deve ser um privilégio e não um fardo, porque a Bíblia aponta esta direção: “Seja a atitude de vocês a mesma de Cristo Jesus.” – Filipenses 2.5. Sentir as necessidades alheias, fazer um despojamento total, viver na mais completa humildade, abrir mão da própria vida se preciso for, deve constituir o alvo de todo aquele que se denomina Cristão. Paulo ainda esclareceu sobre a essência do Cristianismo: “… Nós, porém, temos a mente de Cristo” – 1 Coríntios 2:16 (b). Ter a mente de Cristo significa pensar como Jesus, ter a mesma reação dEle diante das dificuldades, ter a mesma visão espiritual da vida, e ser um legítimo representante do Senhor neste mundo. A palavra Cristo significa também Messias ou ungido. Quem é ungido pelo Espírito Santo sabe a doçura que é assumir e continuar a história do Salvador.
Há também outra verdade que bate forte no coração de todo verdadeiro Cristão, a ressurreição de Jesus. Ele morreu, mas não está mais morto. Quando Jesus ressuscitou, numa de Suas aparições, resgatou o incrédulo Tomé e depois lhe disse: “…Porque me viu, você creu? Felizes os que não viram e creram” – João 20.29. Hoje, felizmente, milhões de todas as raças, povos e línguas, confessam a fé no Cristo Vivo e experimentam esta felicidade sem fim.
E descobrem ainda que não podem viver sem este Jesus. As palavras de Cristo: “…sem mim vocês não podem fazer coisa alguma” torna-se realidade. Passam a viver intimamente ligado ao Senhor, como um ramo ligado à videira, experimentando a seiva da eterna graça. A vida passa a ser por Cristo, com Cristo e em Cristo. Cristo e o Cristão tornam-se uma só vida e a partir desta união espiritual e intrínseca, a vitória é certa. Sem Ele nada, porém com Ele tudo.
Por: Pr. Elias Ferreira Alves
Fonte: Sou da Promessa
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