Quando os conflitos aparecem

Como brasileiros ficamos a perguntar, quando será o fim desta crise que assola o país desde o ano passado.

Como numa nação, a família e o casamento também enfrentam conflitos e crises. Então, a pergunta que se coloca é a seguinte: Como superar uma crise?

Na Bíblia também encontramos casos de conflitos conjugais e familiares.

Os princípios para resolução de conflitos, seja para uma nação, entre casais, pais e filhos, sogras e noras, irmãos e parentes de um modo geral são os mesmos.

O primeiro passo é reconhecer a existência do conflito.

Enquanto as pessoas não reconhecem que uma crise se instalou no relacionamento não haverá início para a resolução do conflito.

O segundo passo, é estar disposto e aberto ao diálogo.

Conflitos numa nação, entre casais e familiares jamais serão resolvidos se não houver uma disposição para se sentar, conversar, dialogar objetivando a busca das soluções. As partes devem dar passos iguais para a aproximação. E isso só se dá quando os envolvidos estão dispostos a deporem as armas e, sem blefes, dialogarem.

Qual seria, então, o terceiro passo?

O terceiro passo é negociar.

Negociar é uma arte. Quando as partes envolvidas num conflito, o mesmo jamais será resolvido adequadamente se não houve, de ambos os lados, o desejo e a disposição para negociar. Numa negociação, tem que haver, sempre, espaço para ceder. Se não houver esta disposição para ceder, a negociação emperra e volta tudo à estaca zero.

O quarto passo, é adotar a filosofia vencedor/vencedor e nunca perdedor/perdedor.

As partes envolvidas num conflito sempre devem ter uma visão superior, a causa maior que deve ser vitoriosa. Seja a nação como um todo, o casamento ou a própria harmonia familiar.

Para ilustrar os passos acima expostos recordemos de um exemplo bíblico de um relacionamento conflituoso na Bíblia.

Refiro-me a Abrão e seu sobrinho Ló. O texto está registrado em Gênesis 13. O conflito entre Abrão e Ló se instalou no relacionamento devido a uma disputa pelas campinas mais verdes (Gn 13.7) Da parte de Abrão encontramos o exemplo de alguém dando passos importantes: reconhecimento do o conflito e busca do diálogo (Gn 13.8).

Mais adiante, a fala de Abrão ilustra o princípio da importância de ceder (Gn 13.9).

Quando Abrão disse: “Não haja desentendimento entre mim e ti, entre meus pastores e teus pastores, pois somos irmãos” (Gn 13.8), o patriarca estava, nestas palavras, adotando a filosofia de vencer/vencer. Ele viu que a família, o relacionamento familiar (somos irmãos) era superior a gados e terceiros que estavam envolvidos no episódio.

Portanto, para concluir, quando um conflito se instalar na relação conjugal e familiar, não se apavore. Somente pessoas próximas têm conflitos. O que vai dizer se o conflito foi ou não prejudicial para a relação, será a maneira como o mesmo for resolvido.

Quando a Bíblia diz: “O quão bom e suave é que os irmãos vivam em união” (Sl 133.1), não está se referindo a ausência de conflitos. A união de uma nação, de um casamento ou uma família, não isenta dos conflitos, mas como os mesmos são resolvidos. Quando os conflitos são resolvidos de maneira saudável, a harmonia e a união ficam mais sólidas e resistente aos rompimentos.

Fonte: Click Família

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