A comunhão Divina

“Porque ele me ama, eu o resgatarei; eu o protegerei, pois conhece o meu nome. Ele clamará a mim, e eu lhe darei resposta, e na adversidade estarei com ele; vou livrá-lo e cobri-lo de honra. Vida longa eu lhe darei, e lhe mostrarei a minha salvação”.  (Salmo 91.14-16)

Quando qualquer pessoa, por pior que esteja, resolve estabelecer uma comunhão sincera com Deus, muitos são os benefícios alcançados. Por outro lado, para alcançar este “andar”, é preciso esforço pessoal que se manifesta em renúncia e entrega.

O Salmo 91 revela alguém que vivia vitoriosamente através da comunhão Divina. O próprio Senhor declara: “Porque a Mim se apegou com amor”. Não há decisão mais acertada para um ser humano que pensar em Deus, mesmo que não O esteja vendo com olhos naturais. Normalmente, a tendência é haver apego às coisas materiais. Às coisas que se veem, que trazem conforto ou que produz certo status. Ou então, um sentimento de relevância interior que produz prazer físico a qualquer custo. O Salmista havia se voltado para Deus. Sua maior alegria, amor e prazer era agradar o Deus Supremo. Podemos notar ainda que esta comunhão extrapolava o campo físico e emocional. O salmista declara: “Porque conhece o Meu Nome”.  Conhecer o nome é mais que saber um ou mais títulos Divinos e mencioná-los publicamente até mesmo com retórica e romantismo. No “conhecer o nome de Deus” está implícito: Oração, louvor, adoração, santificação, aliança… 

Quando há compromisso com Deus, Ele também responde com compromisso. Somente nestes três versos há oito promessas de vitória. Começa com livramento: “Eu o livrarei”. Prossegue com uma situação de “intocabilidade” pelo mal: “eu o protegerei”. Declara um desejo de resposta: “e eu lhe darei resposta”. Assume um compromisso para os momentos difíceis: “e na adversidade estarei com ele”. Compromete com livramento completo: “vou livrá-lo”. Confere a glória Divina: “cobri-lo de honra”.  Intensifica com uma vida longa nesta terra: “Vida longa eu lhe darei”. E culmina com a abertura dos portais eternos da Cidade Celestial: “E lhe mostrarei a Minha salvação”.

 É possível querer mais de Deus? Mesmo que já esteja satisfeito é bom lembrar que além de tudo isto, Deus presenteou-nos Jesus na terrível cruz, e O ressuscitou ao terceiro dia, para transformar qualquer caos, seja físico, emocional ou espiritual num momento de vitória e rara beleza.

Ao lado do Senhor, toda perda é ganho, toda derrota é vitória, toda temporal é uma melodia, todo detrito é adubo para crescimento, toda batalha é exercício de vitória, todo fardo é apenas um desejo dos Céus, para nos ajoelharmos e incensarmos nossas vidas com o perfume da oração. E mais: todo momento é momento para se estar na comunhão Divina.

Por: Pr. Elias Ferreira

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