Ações de compaixão em pequenos grupos

É inegável que os Pequenos Grupos têm dado uma contribuição valiosíssima para o crescimento da igreja em todo o mundo. Essa estrutura favorece a participação de um pequeno núcleo de pessoas, que se interconectam em relacionamentos saudáveis. Nela, as pessoas tendem a ser mais dispostas a desenvolver as competências necessárias para tornar o próximo mais feliz.

Além disso, nessa estrutura, as pessoas geralmente abraçam o desejo de cumprir a grande comissão dada por Cristo, que tem, em sua essência, a conquista de novos discípulos para o reino de Deus. Quando esses discípulos decidem abençoar a comunidade, o local onde estão reunidos se torna um espaço de luz.

Em Seu ministério terrestre, Jesus treinou um grupo de doze homens. A despeito de suas personalidades diferentes, esses homens foram usados pelo Espírito Santo para realizar muitas coisas para Deus. Devemos concordar que Jesus criou a igreja a partir de um pequeno grupo de pessoas humildes.

Quando as pessoas de um grupo pequeno não trabalham juntas, geralmente o grupo perde a motivação e acaba. As pessoas acabam consumidas pelos problemas interpessoais. Porém, quando existe um programa organizado de serviço à comunidade, a motivação volta. Nesse caso, surge um novo momento da agenda do grupo, em que se destina tempo para os testemunhos do trabalho realizado e de seu efeito benéfico. Isso traz alegria contagiante, o que resulta em satisfação geral (SJOGREN, 2003).

O Senhor quer que participemos do plano da salvação, e convida a todos para que, de forma voluntária, façamos provisão para a salvação do nosso próximo através da doação de recursos financeiros, de tempo, dons, talentos e, se necessário, da própria vida.

A compaixão abre as portas do coração para as verdades eternas que trazem salvação, é o convite, vem e Segue-me que precisa ser atendido por milhões a nossa volta e que deve ser proclamado por cada PG desejoso de salvar pessoas do pecado para o reino de Deus.

Levar amor onde não tem amor é mais do que convencer os homens a receberem uma oração, ou convidá-los a virem para a reunião do pequeno grupo, e sim estar disponível para eles nos momentos mais difíceis de suas vidas; este conceito é definido nas palavras de Francisco de Assis, “pregue o evangelho a todo tempo, e se possível use palavras”.

Já imaginou uma comunidade de crentes que aceitaram o sacrifício de Cristo e foram beneficiados com dons e talentos outorgados pelo Espírito, dedicando de bom grado, esses dons espirituais para o bem da comunidade?

Já pensou se o médico, o enfermeiro, o mecânico, o professor, o padeiro, o odontólogo ou qualquer discípulo de Cristo que tenha algum talento, decidisse dedicar algumas horas durante a semana para fazer alguém da comunidade feliz? Faríamos mais contatos amistosos, conquistaríamos a confiança de mais pessoas e inúmeras portas seriam abertas para que nossos amigos conhecessem o reino de Deus.

Entretanto, para colocar em prática o sonho do Senhor, terão que se levantar crianças, jovens, adultos, idosos, homens e mulheres corajosos, que não amem a vida mais do que a salvação dos que estão perecendo nas garras do pecado, levando o fardo de suas consequências.

Podemos dizer que o estilo de vida de um PG necessita ser missional, ou seja, todos os seus integrantes precisam perseguir o senso de missão que se expressará através de atitudes relacionais e intencionais.

Para que essas ações sejam realizadas da melhor forma, siga essas dicas:

  1. Para que as ações do pequeno grupo sejam realizadas de forma satisfatória, envolvente e motivadora, se faz necessário compreender quais são as principais necessidades das pessoas que residem na geografia onde o PG atua.

  2. Descubra quais os projetos que mais se identificam com a maioria dos componentes do grupo;

  3. Não espere da igreja os recursos para a aquisição dos materiais necessários ao projeto que se quer realizar. O ideal é que os valores para a execução sejam divididos e desembolsados pelo próprio grupo.

  4. Não canse os componentes do pequeno grupo com projetos demorados. O ideal é que as ações demorem de duas a duas horas e meia, no máximo.

  5. É importante que, a cada quatro ou seis semanas, o grupo realize alguma ação em prol da comunidade.

  6. Se você é o líder, não se preocupe com os possíveis erros na execução do projeto. Se ocorrerem erros, isso é sinal de que alguma coisa está sendo feita. A prática trará os acertos.

  7. Também é importante que todos tenham oportunidade de ministrar à comunidade sozinhos. Não é necessário que o pequeno grupo tenha uma agenda a cumprir, pois cada seguidor de Cristo deve exercer o seu próprio sacerdócio.

Sugestão de projetos de compaixão que podem ser realizados pelos PG’s

  • Visitação aos hospitais;

  • Entrega de enxovais para grávidas sem condições;

  • Distribuição de abraços nos principais pontos de fluxo de pessoas (Entregar um convite para participar dos PGs);

  • Contar histórias para crianças carentes (montar uma tenda com livros para leitura);

  • Entrega de alimentos para famílias carentes, ou moradores de rua;

  • Visita a pessoas nos presídios;

  • Visita a asilos ou orfanatos;

  • Distribuição de sopa para famílias carentes;

  • Arrecadação de brinquedos para crianças carentes.

Fonte: Adaptado do Boletim de Gerenciamento de Pequenos Grupos – Uneb

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