Nascendo de novo

“…Ninguém pode ver o Reino de Deus, se não nascer de novo.” (João 3.3)

Um homem nobre, mestre Judaico, membro do Sinédrio (Senado Israelita), possuía um grande vazio interior que o fez procurar Jesus, conforme o capítulo três do Evangelho de João. Era noite e o diálogo foi iniciado com elogios de sua parte, porém, Jesus objetivamente lhe diz “Ninguém pode ver o Reino de Deus, se não nascer de novo”.

Perplexo indagou, “Como alguém pode nascer, sendo velho? É claro que não pode entrar pela segunda vez no ventre de sua mãe e renascer!”. Estava equivocado, não era necessário passar novamente pela placenta, líquido amniótico, iniciar a vida biológica e emocional. Prosseguiu Jesus, “Ninguém pode entrar no Reino de Deus, se não nascer da água e do Espírito.”.

Percebemos que o novo nascimento é condição essencial para entrarmos no Reino de Deus. Sem ele os parâmetros espirituais nos parecem loucura.

Este novo nascimento é uma ação divina com a permissão do ser humano. A água simboliza as operações do Espírito Santo e as verdades Bíblicas as quais culminam com a aliança do Batismo.

Você se sente vazio interiormente, angustiado em relação ao futuro, mágoas lhe acorrentam ao passado? Sua vida parece que foi escrita em branco e preto, e a felicidade alheia lhe incomoda? Então, é necessário nascer de novo!

Naquele dia especial Nicodemos ouviu de Cristo “Porque Deus tanto amou o mundo que deu o seu Filho Unigênito, para que todo o que nele crer não pereça, mas tenha a vida eterna.” – João 3.16. Tal amor, que induziu Deus a dar o seu próprio Filho na cruz, para que morresse pelo mundo não pode ser medido pela mente Humana. Esse é amor é eterno, metafísico, transcendente, indescritível. Porém, quem crê pode sentir um sabor sem igual e aprender a lição mais profunda. Nada no mundo vive e prospera, senão à sombra desse amor.

Quando olhamos para o universo percebemos a lei suprema da ordem. Os astros não se chocam, mas todos obedecem às órbitas harmônicas traçadas pelo Todo-Poderoso. Mas com certeza, a atração universal que podemos inclusive experimentar, chama-se amor de Deus.

No novo nascimento o vazio existencial é preenchido pela glória eterna e nada substitui a presença do Pai. Neste milagre espiritual o ser humano é liberado e pode apreciar as belezas naturais, contemplar a imagem Divina no semelhante e ser inspiração ao seu redor.

Todos precisam passar pela regeneração para poder herdar o Reino Celeste. O verdadeiro nascimento não é periférico ou estético. Deve ser interior, porque dessa forma, após esta experiência, todos podem ser vitoriosos sobre as inclinações errôneas e dizer: Obrigado Jesus por viver em mim.

Por: Pr. Elias Alves Ferreira

Fonte: Sou da Promessa

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