O ministério com crianças precisa ser bem planejado

Uma enquete realizada por meio do site da APEC com a pergunta “Como funciona o Departamento Infantil da Escola Dominical de sua igreja” revelou em 10% das respostas que muitas Igrejas não possuem mais Escola Dominical.

Nas igrejas que ainda mantêm a estrutura da Escola Dominical,o resultado foi o seguinte:

  • 20% – Têm classe única para todas as crianças;

  • 80% – Têm classes divididas por idades;

  • 32% – Há rodízio de professores a cada domingo;

  • 68% – Os professores permanecem fixos ao longo do ano;

  • 25% – Os professores dão lições avulsas conforme a sua escolha;

  • 75% – Os professores seguem um currículo escolhido pela direção da Escola.

Percebe-se uma tendência cada vez mais acentuada de esvaziamento da Escola Dominical e que em muitas igrejas há pouca preocupação quanto ao conteúdo que as crianças recebem de educação bíblica e cristã.

Alguns líderes dedicados ao ministério infantil em suas igrejas estão cada vez mais desanimados com a dificuldade de conseguir professores devidamente capacitados para trabalharem com as crianças, de acordo com a sua faixa etária.

Além desta dificuldade, apontam outra, ainda mais problemática: hoje, quando alguém se apresenta para ajudar, não quer assumir um compromisso que exija dedicação domingo após domingo. Querem ajudar apenas um domingo por mês.

Um dos problemas mais cruciais está relacionado ao currículo adotado. Embora ainda a maioria das Escolas Dominicais tenha um currículo estabelecido para o ano, é raro encontrar uma igreja que tenha um currículo a longo prazo, contemplando a criança ao longo de todo o período da infância, e que transmita uma visão histórico-cronológica da Bíblia.

Há algumas histórias bíblicas que as crianças ouvirão dezenas de vezes. Outras histórias jamais ouvirão. O grande problema é que falta a visão de transformar as histórias em lições que as crianças possam aplicar em sua vida diária.

Há boas igrejas que até procuram estruturar bem o chamado “Departamento Infantil”, no entanto o seu objetivo com isto é fazer com que os pais destas crianças sintam-se felizes por terem uma igreja que se preocupa com as suas crianças. Este é o seu único alvo.

Falta, infelizmente, em muitas destas igrejas, a visão de se investir mesmo na formação da criança.

Este assunto é sério e solene. Assiste-se ao fenômeno, cada vez mais evidente, das crianças estarem sendo “igrejadas” e não evangelizadas e discipuladas.

Para mudar este quadro e caminhar para a excelência no ensino é preciso:

  1. Ter a visão que as crianças podem ser evangelizadas, nascerem de novo pela fé em Cristo e serem discipuladas na graça e no conhecimento de Cristo Jesus.

  2. Investir na formação de líderes e professores realmente comprometidos na formação espiritual, bíblica e cristã das crianças e que saibam como usar a criatividade e o lúdico com conteúdo transformador.

  3. Investir no uso de um currículo eficaz, que contemple todas as faixas etárias e numa sequência que possibilite à criança ganhar uma cosmovisão bíblica e cristã.

Fonte: APEC

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