Pais de filhos adolescentes = Orar, compreender e dialogar

Um pai de uma filha adolescente compartilhou comigo que ficou sabendo que sua filha tinha “ficado” com um menino.

“Pastor Gilson, o que faço?”, foi a pergunta feita, passando ao mesmo tempo as mãos sobre a cabeça. Depois de ouvir, por um tempo, suas ponderações e preocupações, procurei tranquilizá-lo.

Disse então que poderia, sem passar a ideia de uma receita de bolo, fazer três coisas: Orar, compreender e dialogar. Tive também a experiência de criar duas filhas adolescentes, hoje casadas.

Orar em que sentido? Como pais devemos sempre orar pelos nossos filhos, independentemente da idade. Para cada etapa de suas vidas devemos orar por eles. Agora oro para que minhas filhas sejam esposas e mães segundo os propósitos de Deus.

Pais de adolescentes devem orar com outros focos. Devem orar para que saibam escolher suas amizades, para que não sejam influenciados por ideias estranhas, para que não tomem decisões que venham comprometer o futuro, como por exemplo, ter relações sexuais antes do casamento. Pais de adolescentes devem orar para que seus filhos firmem seus valores de acordo com os princípios cristãos. Quem sejam firmes na fé.

Outra coisa que disse para aquele pai desesperado foi sobre a importância de compreender os filhos adolescentes.

Como podemos compreendê-los? Olhando um pouquinho para os anos passados. Falei com ele sobre a importância de lembrar algumas de suas atitudes na época em que foi um adolescente.

Adolescentes são um desafio para os pais praticarem a compreensão.

Lembro-me de minha filha Susanne que um dia, ao chegar de uma de nossas viagens ministrando às famílias, a encontramos com o cabelo todo pintado, se me lembro, acho de vermelho.

O que fizemos? Achamos graça. Sabíamos que era coisa de adolescente. Sabíamos que os cabelos iam crescer. Sabíamos que chegaria o dia em que ela mesma, um determinado dia, ao olhar no espelho, iria achar aquilo muito estranho. E foi o que aconteceu.

Filhos adolescentes tentam a toda a hora os pais. Relevem atitudes que não vão influenciar suas vidas no futuro, como por exemplo, pintar o cabelo de vermelho.

Compreenda que os filhos adolescentes falam um outro dialeto, que gostam de usar roupas esquisitas, que gostam de um outro tipo de música.

Por último, disse aquele pai que deveria dialogar.

Dialogar é conversar, explicar, ouvir, ponderar, refletir sobre o que o outro disse.

Não adianta, com adolescentes, “ bater de frente”. É pior, muito pior. Se “bater de frente” (levantar a voz, chamar para a briga), com certeza, vai ser pior. Aí mesmo é que eles vão afrontar ainda mais.

O que aquele pai poderia fazer ao saber que a filha tinha “ficado” com um menino da escola? Eu diria que ele deveria se aproximar da filha, colocar a mão sobre seus ombros e dizer: “filha, vamos comer uma pizza?”. E ai, entre uma fatia de pizza e outra tocar no assunto, falar que ela está passando por um tempo que é natural conquistar a atenção dos meninos, falar dos hormônios, sobre namoro, sobre valorização do seu corpo, da sua imagem perante os colegas.

No final da conversa aquele pai ficou mais tranquilo e prometeu testar meus conselhos.

Como disse, não é uma receita de bolo, mas funcionou para nós lá em casa.

Fonte: Click Família

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