Volume morto nas finanças?

Com a crise hídrica descobrimos que existe a expressão “volume morto”. Uma reserva que não estava na conta e que agora está salvando na falta de água. Mas o que tem a ver o “volume morto” com as finanças?

Bem, será que na sua vida você não tem um “volume morto” guardado, esquecido, que pode salvar suas finanças? Já acompanhei vários casos em que as pessoas “pensavam” que não tinham nada e um “volume morto” salvou as finanças.

Quero relatar alguns casos encontrados no meu trabalho como consultor:

Por incrível que possa parecer, já encontramos valores muito bem escondidos e esquecidos que salvaram a situação de endividamento. Poupanças, aplicações financeiras esquecidas, e ações que, certamente, já valeram na bolsa mais do que valem hoje.

Já acompanhei casos em que as pessoas fizeram uma poupança programada, que descontava no contracheque e como elas nem abriam e conferiam o contracheque, não lembravam deste dinheiro que poupava mensalmente. Esta pessoa teve uma bela surpresa!

Dois outros casos são muitos interessantes:

Uma pessoa estava com endividamento no cheque especial de R$ 5.000,00 e buscamos algumas alternativas, como trocar esta dívida, mas em nenhuma alternativa conseguirmos sucesso. Perguntei se ele tinha e estaria disposto a vender alguma coisa para quitar esta dívida, que estava sufocando seu orçamento. Ele disse que não tinha nada. Ele pensou em trocar de banco e deixar explodir a conta, mas isso é péssimo, eu oriento que, se possível, quite seus compromissos, mesmo que eles tenham juros exorbitantes, afinal, quando contrata um empréstimo, a pessoa é informada sobre a taxa de juros.

No final da conversa, ele lembrou que tinha um relógio, uma relíquia que recebeu do pai, que havia sido do avô, uma herança de família, que não funcionava e estava guardado há muitos anos no fundo de uma gaveta. Ele disse que valia dinheiro e tinha certeza que era mais do que o valor que ele precisava. Dúvida cruel: Vender ou não o relógio?

Uma semana depois ele me ligou dizendo que tinha resolvido a situação de uma forma espetacular. Ele vendeu o relógio para o irmão, quitou sua dívida e o relógio permaneceu na família. Ele encontrou um “volume morto”.

Outro casal me disse: “Erasmo, estamos com problema no cheque especial, valor total utilizado e cartão de crédito, sem ter como pagar. Já tentamos trocar as dívidas, e se refinanciarmos o cartão não teremos como colocar a prestação no orçamento. Moramos de aluguel e o carro é financiado”. Situação difícil, mas a esposa lembrou dos pratos!

Eu disse: “Pratos, que pratos?”

“Os pratos da bateria!”

“Qual bateria?”

“A bateria já foi vendida”.

“E onde estão os pratos?”

“No maleiro do guarda-roupas”.

“Quanto valem estes pratos”? Perguntou este consultor que não sabe nada de música.

“Uns R$ 7.000,00!”

Eu quase caí da cadeira!

O “volume morto” deles estava no maleiro! E você? Já avaliou se tem um volume morto?

Cuide bem do seu dinheiro e viva em paz com ele.

Fonte: Lagoinha

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