8 produtos que você deve parar de comprar

Especialistas ouvidos pelo UOL dão dicas de produtos e serviços que devem ser cortados da sua lista de despesas – porque não cumprem o que prometem, estão obsoletos ou, simplesmente, são desnecessários. Veja a seguir as orientações para economizar.

Filtro solar com altíssimo fator de proteção

Farmácias e drogarias vendem filtro solar com FPS 15, 30, 60 e até 100. O FPS 15 bloqueia até 96% dos raios ultravioleta e o de 30, até 98%. Os produtos com FPS mais alto são mais caros, mas oferecem proteção, no máximo, de 99% – uma diferença quase inexpressiva. “Não existe vantagem em filtro acima de 30”, diz Marcus Maia, coordenador do Programa Nacional de Controle do Câncer da Pele, da Sociedade Brasileira de Dermatologia.

Garantia estendida

Esse tipo de seguro é oferecido pelas lojas para complementar a garantia legal de eletrodomésticos e eletroeletrônicos. Só que quando precisa usá-lo, no entanto, é que o consumidor descobre que existe uma série de restrições: a cobertura não é dada, por exemplo, no caso de um defeito causado por mau uso. Pesquisa do Procon-SP com consumidores que contrataram garantia estendida mostrou que a maioria não usou (63,22%) e, entre os que usaram, metade teve problemas.

Seguro de cartão de crédito

Quem contrata um cartão de crédito é logo apresentado a uma modalidade de seguro que, garantem as operadoras, dará garantias ao consumidor em caso de roubo ou furto. Ainda que o valor pareça baixo, entre R$ 3 e R$ 4 por mês, é um gasto desnecessário, alerta a supervisora institucional da Proteste, Polyanna Carlos Silva. “Se o cartão foi furtado e o cliente fez o bloqueio, qualquer compra feita a partir dali será de responsabilidade da administradora”.

Título de capitalização

Os bancos vendem o título de capitalização como um tipo de investimento: o consumidor deixa o dinheiro guardado por determinado período, o valor é corrigido e ele ainda pode concorrer a uma série de prêmios. O educador financeiro Mauro Calil destaca que a correção é prefixada e pode repor ou não a inflação. Segundo ele, em poucos casos, ultrapassa a inflação. Por isso seria melhor deixar o dinheiro na poupança.

Crédito rotativo do cartão

Quem paga só uma parte ou o mínimo da fatura do cartão de crédito arca, segundo dados da Anefac (Associação Nacional dos Executivos de Finanças, Administração e Contabilidade), com as taxas de juros mais altas do mercado: 10,69% ao mês, ou 238,30% ao ano. Se não der para pagar a fatura inteira, compensa mais pedir um empréstimo pessoal no banco, com taxa de 4,58% ao mês (71,15%) ou usar o cheque especial (8,25% ao mês, 158,90% ao ano).

Produtos piratas

A economia gerada pela compra de um produto pirata quase nunca compensa. Primeiro, porque a qualidade é inferior e sua duração, mais curta. Depois, porque eles podem oferecer riscos à saúde do consumidor. Tênis falsos causam danos aos pés, óculos prejudicam a retina, baterias de celular podem explodir e brinquedos podem se quebrar em peças pontiagudas, ferindo as crianças, exemplifica Edson Vismona, presidente do Fórum Nacional Contra a Pirataria e a Ilegalidade.

Imóvel financiado por cooperativa habitacional

A cooperativa habitacional tem como princípio a associação de pessoas para a construção de suas casas, sem intermediários e sem visar lucros. O problema acontece quando, por qualquer motivo, o comprador desiste do negócio: os contratos costumam ter cláusulas que dão à cooperativa o direito de reter 30% do valor recebido em caso de desistência. Pior: como não se trata de uma relação de consumo, o consumidor tem poucas opções para reclamar.

Alimentos enriquecidos com Ômega 3

É vasta a oferta de produtos enriquecidos com Ômega 3 nos supermercados. Leite e ovos são vendidos como fonte de um suplemento alimentar importante para toda a população. O nutrólogo e cardiologista Daniel Magnoni ressalta, no entanto, que a as únicas pessoas que precisam de reforço do Ômega 3 são as que têm problemas como doenças cardiovasculares, deficiência imunológica ou de coagulação. “Tirando esses casos, esses produtos não servem para nada”.

Fonte: Uol Economia

Um comentário

  • FERNANDO
    26 de fevereiro de 2014

    realmente são coisas que não pensamos na hora em que compramos agimos no impulso!!!!