As três fases de um músico cristão

A primeira fase

Essa fase, normalmente todo músico atravessa e é justamente o seu próprio início na musicalização, onde este, por não saber absolutamente nada, se propõe a aprender de tudo e de todos. Nesta primeira fase, o jovem músico sabe de seu real conhecimento (ou seja, quase nada), o que mediante esse fato aceita conselhos, ensinamentos, toques e até mesmo, repreensões.

É a fase em se aceita de tudo para estar perto de um grande músico, para poder obter coisas novas. Tais músicos nesta época estão descobrindo sobre seu instrumento, suas marcas, sobre suas características, enfim, é a época da descoberta e do primeiro amor! Normalmente essas pessoas não se habilitam a tocar em qualquer lugar, ou na presença de outros músicos, justamente por saberem seu patamar.

A segunda fase

A mais complicada de todas é realmente esta que iremos tratar agora:

Neste ponto, na maioria das vezes, o músico já deve ter estudado um pouco, já aprendeu algumas coisas “eu disse algumas” e já se acha dono da cocada preta! Aonde chega quer pegar o instrumento e logo fazer ali um “workshop”, e o que me da pena aqui não é desse tal, e sim, das pessoas que estão escutando. Para os ouvintes surgem logo em seus pensamentos os seguintes questionamentos: será que estou pagando algum pecado; outros dizem: Eu não ganho tanto para ouvir isto! O que acontece é que nesta fase o músico perde sua referência musical e conseguinte o seu devido lugar. Em alguns casos é de chorar, pois, nem o instrumento está afinado direito. Não se tem boa técnica, não conhece de harmonia, não tem profundo conhecimento teórico, ou seja, tal pessoa se torna SOBERBO.

A soberba é um sentimento enganoso, que leva a pessoa achar que é melhor e maior do que realmente é, se colocando em nível de pessoas bem melhores que do que si mesmas. Foi exatamente isso que aconteceu com Satanás, e por isso me sinto na obrigação de fazer esta consideração (para que não caiamos na mesma condenação), pois é um perigo que sempre nos ronda nesta época de nossa vida. Satanás, através da soberba, teve sua referência de autoridade perdida, o que o levou a pensar que era maior que Altíssimo, imaginando até mesmo que subiria acima das nuvens e ali faria o seu trono. Foi este terrível engano que o derrubou; Achar que era, quando não era.

“Como caíste do céu, ó estrela da manhã, filha da alva! Como foste lançado por terra tu que prostravas as nações. E tu dizias no teu coração: Eu subirei ao céu; acima das estrelas de Deus exaltarei o meu trono; e no monte da congregação me assentarei, nas extremidades do norte.” (Is 14: 12)

Ainda falando sobre os músicos desta segunda fase, existe um espírito de crítica que o ronda, fazendo que suas palavras sejam sempre negativas a respeito dos demais músicos. Vão ao culto na igreja e se sentam nos últimos bancos; ali, juntamente com outros de seu nível, desferem críticas que na sua maioria não condiz com a verdade, e mesmo que fossem verdades, palavras de chacotas, risadas e críticas destrutivas, devem estar bem longes de nossos lábios.

“Assim, também, a língua é um pequeno membro, e se gaba de grandes coisas. Vede quão grande bosque um tão pequeno fogo incendeia. A língua também é um fogo; sim, a língua, qual mundo de iniqüidade, colocada entre os nossos membros, contamina todo o corpo, e inflama o curso da natureza, sendo por sua vez inflamada pelo inferno” (Tg 3.5-6).

“Porque com o juízo com que julgais, sereis julgados; e com a medida com que medis vos medirão a vós.” (Mt 7.2)

A terceira fase

Essa só é alcançada por quem consegue, através da Palavra de Deus, amadurecer! A maturidade espiritual do músico o levará a entender coisas que sem tempo e experiências lhe seria impossível.

Conforme o músico vai crescendo técnica e espiritualmente, ele passa ver as coisas diferentes, adquiri boa técnica, bons relacionamento e através de seus “tombos” ele aprende a se colocar em seu devido lugar. Nesta altura de sua vida, deve ter pago um preço bem alto para conquistar seus projetos musicais, sabendo assim, que o universo musical não permite que ninguém se glorie batendo no peito e se achando a tal, pois, sempre encontramos alguém melhor que nós. Bem, neste momento o músico não se importa em mostrar o que sabe, não está preocupado com o que as outras pessoas estão dizendo a seu respeito, enfim, está pronto para oferecer pro Senhor o verdadeiro louvor, sem nenhum impedimento.

Essa é a fase que o músico se vê como um servo; é quando chega mais cedo para orar, para afinar seu instrumento ou escolher os louvores de acordo com o que Deus propôs em seu coração e não com seu gosto pessoal, é a fase em que o músico entende a necessidade de se alimentar da Palavra do Senhor e de cantar o que vive. Fase em que ele simplesmente diz: “Senhor eis-me aqui para cantar e tocar aos sábados, domingos, mas para tocar no culto no lar, nas visitas e onde for necessário.” Quando não se importa em ficar sem cantar ou tocar, porque o que realmente importa não é ser reconhecido pelos homens, mas ser conhecido por Deus. E também é a fase que submissão a minha liderança e amor à igreja!

É esta fase que devemos buscar em nossas vidas, a maturidade cristã-espiritual-musical, para que sejamos bênçãos nas vidas com as quais nos relacionamos e não um peso na vida de nossos líderes e amigos.

Que estas palavras lhes sirvam de ajuda, independentemente em que fase você se encontra. Lembre-se, você pode mudar o sentido das coisas em sua vida.

Seja humilde, pois só assim seu crescimento será moldado na Palavra de Deus e conseqüentemente abençoado todos os teus caminhos!

Fonte: NetGospel

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