Brasileiras desconhecem relação entre diabetes e problemas do coração

Apenas 18% das 5 318 participantes da pesquisa Sinta Seu Coração aponta o diabete como um dos principais fatores de risco para os problemas cardiovasculares. “O mais preocupante é que esse resultado está relacionado a uma parcela de mulheres de alto nível sociocultural, já que o estudo foi realizado, em grande parte, com as classes sociais A e B”, observa o endocrinologista Carlos Eduardo Barra Couri da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo, que completa: “Imagine o nível de desconhecimento do restante da população.”.

Couri conta que as diabéticas têm mais que o dobro de chance de sofrer um infarto se comparadas aos homens diabéticos e que, embora diversos estudos confirmem essa tendência, ainda não há elucidação sobre o porquê da maior predisposição feminina. O fato é que a doença marcada pelo excesso de açúcar no sangue pode fazer estragos nas artérias. Um dos maiores prejudicados é o endotélio, aquela parede celular que recobre o vaso. “Ele fica mais suscetível ao acúmulo de gordura”, diz. Esse mecanismo serve de estopim para a formação da placa e, portanto, da aterosclerose. “Também existem evidências de que o diabete esteja por trás do aumento da pressão arterial”, revela o médico.

 Prevenção

Para prevenir essas encrencas, o melhor é manter um estilo de vida saudável desde a infância, seguindo a boa e velha estratégia de praticar atividade física e dar maior espaço para frutas, hortaliças e grãos integrais na dieta. E para quem pensa que os doces devem ser banidos, Couri avisa: “não é preciso cortar nenhum alimento do cardápio, basta evitar o exagero”. Até porque o chocolate é mesmo um grande aliado em momentos de TPM, não é mesmo? Nesses períodos, os nutricionistas sugerem um tablete de 30 gramas do tipo amargo, uma delícia que concentra substâncias de ação antioxidante.

Por fim, a dica é fazer check-ups e pedir ao seu médico que inclua a medição das taxas de glicose entre os exames já a partir dos 20 anos de idade. “Para aquelas que têm histórico de diabete na família, o ideal é dosar a partir dos 10”, recomenda”.

Fonte: M de Mulher

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