Neste final de semana, o New York Times publicou um artigo de Paul Tough, jornalista e escritor canadense que tem se debruçado sobre temas da Educação, no qual ele apresenta evidências sobre a importância e o impacto do comportamento dos pais na capacidade de aprender das crianças.
Experiências realizadas com grupos de crianças em situação de pobreza, com acompanhamento de especialistas – e ele cita três neste artigo –, comprovam que as crianças que receberam mais atenção e tiveram mais tempo e oportunidades de interagir e brincar com seus pais ou responsáveis apresentaram melhor aprendizado, tanto em conteúdo didático (português, matemática, etc.) como no desenvolvimento das chamadas habilidades socioemocionais.
E é importante reforçar que não é qualquer interação que causa esse impacto positivo. Tem que ser uma interação de qualidade. Por isso, nesses experimentos que Paul relata houve intervenção de tutores que orientaram os pais e responsáveis sobre como tornar esses momentos juntos melhores ainda. Algumas das dicas foram:
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Passar mais tempo brincando ativamente com os filhos;
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Ler livros (podem ser só de imagens);
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Cantar;
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Brincar de esconde-esconde.
Dessas, a que mais teve impacto foi a atitude de brincar mais com as crianças. É tão simples que nem parece verdade o quanto isso pode melhorar verdadeiramente o aprendizado. As evidências, no entanto, são claras e concretas. Alguns dos resultados apresentados são:
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Crianças que brincaram mais com seus pais tiveram melhores resultados em testes de Q.I., menor agressividade e maior autocontrole;
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Na vida adulta, alcançaram uma renda 25% maior do que as crianças que não tiveram as visitas de tutores.
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