Catapora é comum nesta época do ano, alertam especialistas

Adultos infectados com o vírus requerem cuidados especiais.

Vigilância Epidemiológica já confirmou 2.168 casos no Estado.

O Instituto de Infectologia, da Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo, que é referência no tratamento de doenças infecciosas, alerta a população do noroeste paulista para o aumento de casos de catapora durante a Primavera. Segundo o Centro de Vigilância Epidemiológica do Estado (CVE), até julho deste ano, já foram confirmados 2.168 casos da doença no Estado, em crianças na faixa etária de 0 a 9 anos.

De acordo com o pediatra de São José do Rio Preto (SP), Jorge Haddad, a catapora atinge principalmente crianças, mas adultos infectados com o vírus requerem cuidados especiais, sobretudo se tiverem outras doenças associadas, pois aumenta o risco de complicações.

Altamente contagiosa, a doença é caracterizada pela presença de febre e de pintas vermelhas espalhadas em todo o corpo, que evoluem para crostas, até sua cicatrização. Durante esse período, os sintomas são parecidos com os de um resfriado, apresentando febre e mal estar.

De acordo com o médico, a catapora é transmissível mesmo sem ter aparecido na pele. “Em algumas situações, a doença pode levar à morte, principalmente em adultos em que o quadro é mais sério. O grande problema é que quando aparecem as pintas vermelhas, a pessoa já está infectada e passando o vírus, porque a catapora já começa a contagiar dois dias antes desse sintoma aparecer, e permanece contagiando até cinco dias depois de aparecer a última pinta”, disse Haddad.

Vacina contra catapora será aplicada pelo SUS de Rio Preto em bebês

Pediatra de Araçatuba, SP, alerta sobre casos de catapora em crianças

Após a contaminação, o infectado deve permanecer sob repouso, com descanso e higiene adequada. Segundo especialistas, crianças sem disfunção imunológica não precisam tomar nenhuma medicação especial. O ideal é lavar as lesões (pintas) com sabão normal durante o banho, secar, não fazer uso de nenhum tipo de pomada e não fazer curativo. Para quem tem doenças como câncer e HIV, o recomendado é a internação para tratamento adequado, evitando complicações maiores.

Os locais de maior contaminação do vírus em crianças são as escolas e creches. Por isso, após constatar a catapora, é importante afastar a criança de ambientes coletivos, procurar o médico, e começar a tratá-la imediatamente.

A vacina contra a catapora é a forma mais segura de prevenir a doença. A tetraviral, que também protege contra caxumba, rubéola e sarampo, é aplicada em crianças com 15 meses, após ter recebido a tríplice aos 12 meses. Caso a tríplice não tenha sido tomada, basta procurar o posto de saúde mais próximo. Neste caso, a tetra viral é aplicada após 30 dias.

Fonte: G1

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