O número de mulheres que morrem de infarto no Brasil aumentou, e muito! Para se ter uma ideia, em 1950, de cada 100 pessoas que faleciam infartadas, 10 eram mulheres. Hoje este número aumentou para 50. Os especialistas atribuem este dado aos maus hábitos e ao estresse da vida contemporânea. Antenado no assunto, o Mais Você convidou o cardiologista Dr. Carlos Costa Magalhães para esclarecer dúvidas a respeito do tema.
Sintomas
Em reportagens, o programa mostrou que o diabetes e a menopausa podem ser fatores de risco para as mulheres sofrerem infartos. Entre os sintomas, a dor no peito, o formigamento no braço e a dor na mandíbula podem ser indícios do problema. “O conceito principal como foi mostrado, a dor no meio do peito irradiada para o pescoço e para o braço é o clássico, mas nem sempre aparece desta forma. Qualquer sintoma diferente que a mulher estiver sentindo, deve ser investigado”, ressaltou o médico.
Fatores de risco:
– Segundo pesquisa, as mulheres erram muito ao subestimar fatores de risco perigosos para elas, como o diabetes, por exemplo. Por causa dos vasos mais finos, elas são mais suscetíveis aos danos arteriais causados por excesso de glicose no sangue. Quatro a cada dez mulheres diabéticas morrem de problemas de coração!
– Outro fator de risco subestimado pelo gênero feminino é a menopausa: a probabilidade de uma mulher enfartar por volta dos 55 anos é duas vezes maior do que no caso de mulheres mais jovens.
Prevenção
Ele alertou mulheres que têm histórico familiar e disse que a hipertensão arterial é uma das maiores causas das complicações cardiovasculares. “Tomar o remédio nem sempre quer dizer que a pressão foi controlada. Precisa-se fazer exames, avaliações”, observou Dr. Carlos.
Alerta
“As mulheres morrem muito mais de problemas vasculares do que de câncer ginecológico. Está se tornando mais evidente que as pessoas precisam valorizar a parte cardiológica como valorizam o câncer. As pessoas precisam fazer avaliações, a prevenção é o futuro do Brasil. Em 2040 é possível que o Brasil seja o campeão de problemas cardiovasculares”, alertou o especialista.
Novidades
O médico ainda contou que os stents estão atuando de forma eficaz no tratamento dos problemas. “O stent chamado absorvido é um novo stent, que começa a ser absorvido pelo organismo. A tendência é manter a artéria sustentada como ela está. Ele vai evitar que aquela placa volte a acontecer, ele permite que a artéria, depois de algum tempo, não tenha mais nada. Ele ainda está sendo usado de maneira experimental”, contou o médico.
Além disso, a denervação da artéria renal também é uma aliada da medicina no tratamento para pessoas que sofrem dos problemas cardíacos. Este é um novo procedimento para combater a maior causa do infarto, a hipertensão. Ela é indicada em casos de pessoas que têm hipertensão sistêmica resistente, ou seja, aquela que não abaixa. O procedimento é feito através de cateter.
Fonte: Mais Você
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