O que faltou ao Publicano?

 “Dois homens subiram ao templo para orar; um era fariseu e o outro, publicano.” (Lucas: 18-10)

O texto do evangelho de Lucas nos mostra duas pessoas com um mesmo propósito: apresentar-se diante de Deus.

O que difere cada um deles? A atitude, a maneira como cada um se apresentou ao Senhor.

O fariseu, religioso convencido de sua posição superior em relação às outras pessoas, em especial ao publicano que estava também no templo, colocou-se em pé, bem na frente do altar e orava em voz bastante alta, exaltando suas qualidades e desprezando, diante de Deus, as pessoas que cometiam pecados, e disse “… Deus, eu te agradeço porque não sou como os outros homens: ladrões, corruptos, adúlteros; nem mesmo como este publicano.”

Quanta prepotência, quanto orgulho. O fariseu se julgava superior por fazer nada além da sua obrigação. Orava, jejuava, dizimava, obedecendo a pura e simplesmente o que ensinavam as sagradas escrituras. Portanto, nada, absolutamente nada havia em sua vida que fosse realmente uma chave para abrir a porta que o separava de Deus, ao contrário, ao enaltecer suas qualidades e se julgar melhor do que os outros não reconhecia sua condição de sujeito ao pecado, e não obteve justificação dos seus erros.

Já o publicano, um simples cobrador de impostos, assemelhado pelo fariseu a adúlteros e roubadores, batia em seu peito e clamava “Deus, tem misericórdia de mim, que sou pecador”.

Quanta diferença… Aquele homem nem mesmo ousava levantar seus olhos, consciente da sua condição de pecador. Rejeitado pela sociedade, via apenas em Deus seu refúgio e somente nEle depositava sua confiança. Este, sim, voltou ao seu lar justificado de suas faltas.

Meus amados, nossa postura diante do Senhor Deus deve ser como a do publicano que, não encobrindo suas fraquezas, ao contrário, confessando-as diante do Senhor alcançou justificação, perdão dos seus pecados e teve livre acesso à graça de Deus.

O que faltou a ele? Nada, pois despojado do orgulho, que era abundante no fariseu, reconhecendo-se pecador, coisa que o fariseu em nenhum momento admitiu, sem nenhum preconceito rasgou seu coração diante de Deus e alcançou misericórdia.

Que nós, despojados de todo sentimento contrário possamos nos arrepender dos nossos erros, converter as nossas vidas ao Senhor e dEle alcançar misericórdia e salvação para nossas vidas, pois …“ Simão Pedro lhe respondeu: Senhor, para quem iremos? Tu tens as palavras de vida eterna.” – João 6.68.

No amor de Cristo Jesus!

Por: Pr. Elias Ferreira

Sem comentários