Rudimentos da Doutrina Cristã - page 112

114
“Falou o Senhor a Moisés e a Arão, dizendo-lhes: Dizei aos filhos de Israel: São estes os
animais que comereis...”
(Lv 11.1,2a)
INFORMAÇÕESADICIONAIS:OBJEÇÕESERESPOSTAS
Analisemos alguns textos que muitas pessoas usampara tentar explicar que se pode comer de
tudo. Porém, tais pessoas torcem e contradizem a própria Palavra de Deus, tentando justificar
algoquenãoé verdade.
1. Comer sem lavar as mãos (Mt 15.1-20).
A“tradição dos anciãos”era a tradição oral judaica
passada de pai para filho (Mishnah), e que, nesse caso, foi rejeitada por Jesus. O problema de
3
lavar as mãos antes das refeições (Mc 7.3) era de interesse ritual, em vez de sanitário . Jesus,
porém, rejeitou essa distinção ritual entre o puro e o impuro. Quando Jesus diz que o que entra
pela boca não contamina o homem, não estava se referindo a alimentos impuros, mas afirman-
do que o mal não está na natureza das coisas, mas no coração do homem. Assim a discussão
aqui nãoé emtornode comer oudeixar de comer,mas sim, de comer sem lavar asmãos (v. 20).
2. Não fazer acepção de pessoas (At 10.1-17,28,34).
A visão que Pedro teve foi compreendi-
da mais tarde. O lençol que trazia toda sorte de animais representava todos os povos da terra.
Cornélio, centurião da coorte italiana, era gentio, povo que era considerado pelos judeus como
imundos (v.28). A purificação, aqui mencionada, não se refere aos animais imundos, mas sim a
gentios (outros povos - Ef 2.11-19). No relato de Atos, pela primeira vez os gentios foram evan-
gelizados. Através desta visão, Deus mostrou a Pedro que deveria levar o evangelho a todos os
povos, semfazer acepçãodepessoas.
3. Tolerância aos fracos da fé (Rm 14.1-12).
“Havia divisão entre os cristãos em Roma por
causa das dietas e de dias especiais. Alguns membros da comunidade acreditavam que era
pecado comer carne, de modo que adotaram uma dieta vegetariana. Outros acreditavam que
era pecado observar certos tipos de dietas e os dias santos dos judeus. Cada grupo acreditava
4
que o outro não era tão espiritual quanto deveria ser” . Esses versículos não afirmamque o cris-
tão pode comer de tudo; e os dias especiais (santos) assinalados acima eram as festas judaicas
(Lv 23). Paulo pensava que os crentes que insistiam sobre essas coisas, como parte de suas con-
vicções religiosas, eram
“débeis na fé”.
“Não há nada de errado em ser alguém vegetariano, se
trata de uma preferência por razões totalmente pessoais; mas ninguém deve transformar isso
numa regra de conduta cristã, uma norma de fé, como se isso fosse necessariamente umaspec-
5
tode sistema éticodo cristianismo” .
4. Alimentos sacrificados a ídolos (1 Co 8.4-13).
O assunto aqui se refere ao
respeito à liberda-
de cristã
: em relação ao comer carnes sacrificadas aos ídolos, e não se são limpas ou impuras. Na
igrejadeCorintohaviadois tipos de irmãos: os que vieramdo judaísmoeos que vieramdopaga-
nismo. Embora os dois grupos fossem cristãos, suas raízes eram muito diferentes. Os irmãos
judeus compravama carne sacrificada aos ídolos semnenhumproblema, pois para eles, o ídolo
nãoexistia. Conheciamapenas Jeová comoúnicoDeus. Por outro lado, os irmãos que vieramdo
paganismo, que viveram toda vida sacrificando alimentos aos seus deuses, não aceitavam de
A SOBERANIA DE DEUS NA ALIMENTAÇÃO
1...,102,103,104,105,106,107,108,109,110,111 113,114,115,116,117,118,119,120,121,122,...129
Powered by FlippingBook