Na madrugada desta terça-feira foi identificado o trabalhador que está desaparecido desde o desabamento do prédio de 10 pavimentos no início da noite dessa segunda, em Guarulhos, região metropolitana de São Paulo. O ajudante-geral Edenilson de Jesus do Santos estaria na obra no momento do desabamento. Ele utilizava um dos subsolos do local como alojamento.
O capitão Alessandro da Silva disse que os bombeiros conseguiram chegar ao ponto onde o trabalhador estaria. Lá, foi encontrado o registro de um chuveiro aberto, indicando que o ajudante-geral realmente se encontrava no local no momento do incidente. O possível caminho de fuga, no entanto, encontra-se desmoronado, cheio de escombros, o que dificulta a busca.
O capitão afirmou que o trabalho é demorado, uma vez que a vítima pode estar presa sob os escombros. Dois cães farejadores estão sendo revezados para tentar encontrar o trabalhador desaparecido.
As equipes de resgate trabalham com uma planta do local. Segundo o capitão Carlos Roberto Rodrigues, a obra conta com seis andares, mais o térreo, dois subsolos e um mezanino, o que totaliza 10 pavimentos. Os bombeiros trabalham com a hipótese de o trabalhador estar localizado em um “bolsão de vida”, ou seja, um espaço vital isolado.
O capitão acrescentou que foi preciso mudar a estratégia de buscas. “Nós tivemos que mudar a estratégia de buscas depois de escombros cederem cerca de 20 centímetros (..) Isso dificulta e coloca em risco o trabalho dos bombeiros”, explicou.
Às 5h15, 40 homens do Corpo de Bombeiros trabalhavam para localizar o operário, sendo quatro gerentes e outros 36 bombeiros, que se revezam em quatro equipes. Cães farejadores estão auxiliando na busca.
O entulho está sendo retirado e levado para um terreno da prefeitura a cerca de 10 quilômetros do local do desabamento. Duas retroescavadeiras estão sendo usadas para remover o entulho – mais de dez caminhões já foram usados.
Após vistorias no local, agentes e engenheiros da Defesa Civil determinaram a evacuação preventiva de oito casas no entorno do prédio que desabou. Três famílias, no entanto, já retornaram para suas residências, de acordo com Paulo Victor Novaes, coordenador da Defesa Civil no município. As outras cinco foram encaminhadas para a casa de familiares.
Na noite de segunda, os bombeiros solicitaram que helicópteros não sobrevoassem a região para evitar barulho e facilitar nas buscas.
A avenida onde desabou o prédio fica próxima a um importante shopping de Guarulhos e também da rodovia Presidente Dutra, que liga São Paulo ao Rio de Janeiro.
Fonte: Terra
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