Velório de Mandela em Pretória reabre pela última vez

A velório de Nelson Mandela recomeçou nesta sexta-feira (13) pelo terceiro e último dia na sede do governo da África do Sul em Pretória, onde os cidadãos terão a última oportunidade de se despedir do líder antes de sua mudança para Qunu, a aldeia onde será enterrado.

Assim como nos dois dias anteriores, o cortejo fúnebre voltou a transportar o corpo de Mandela do Hospital Militar de Pretória até o edifício dos Union Buildings, a sede do Executivo sul-africano, escoltado por batedores da polícia.

Vários cidadãos, que já formavam filas quilométricas no começo da manhã, cumprimentaram com júbilo a passagem do cortejo fúnebre, que chegou à sede governamental por volta das 8h locais (4h de Brasília).

Como nos outros dias do velório, o neto do ex-presidente, Mandla Mandela, esteve ao lado do caixão de seu avô durante o trajeto. Segundo a tradição do ramo Thembu do povo xhosa, etnia da qual pertence o clã Mandela, um homem adulto da família deve acompanhar o corpo até o enterro.

Uma banda militar voltou a executar o hino nacional pouco antes da chegada do carro fúnebre ao recinto governamental. Em seguida, vários militares transferiram o caixão até o altar colocado no centro do pátio dos Union Buildings.

Depois que as Forças de Segurança e os serviços de Emergências prestaram reverência, começou o desfile de cidadãos que, em profundo silêncio e em passos rápidos, deram adeus ao herói nacional.

O público terá nesta sexta uma última oportunidade para se despedir do ícone da luta contra o “apartheid” até as 17h30 locais (13h30 de Brasília).

Segundo as autoridades de Pretória, mais de 20 mil pessoas compareceram à capela durante a quinta-feira (12). Um número ainda maior é esperado para nesta sexta.

Os restos de Mandela serão transferidos neste sábado (14) para a aldeia de Qunu, onde o ex-presidente passou sua infância e desejou ser enterrado.

Já no domingo (15), Nelson Mandela será sepultado em uma cerimônia que será assistida por milhares de pessoas.

Madiba, como é carinhosamente conhecido o ex-presidente na África do Sul, morreu há uma semana aos 95 anos em sua residência de Johanesburgo, após lutar contra problemas respiratórios.

Fonte: G1

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