Construindo Seu Castelo

Você já pensou que são os pequenos tijolos que formam as paredes da maior mansão que você já viu? Por maior que seja a construção, muitas vezes não buscamos entender como ela foi edificada, o tempo investido para que ela ficasse totalmente pronta. Não pensamos em quanto custou cada pequeno material que foi necessário para que ela ficasse firme e forte contra as intempéries da natureza.

Aí você me pergunta: “Mas Karol, o que isso tem a ver com casamento?”. Tem muito a ver, e em vários sentidos.

As pequenas atitudes que tomamos durante nosso relacionamento, pouco a pouco vão construindo a estrutura do casamento. Nossas atitudes, nosso comportamento, a educação, o respeito, o cuidado, o amor, são os tijolinhos que estamos colocando nessa “construção” (se for construída e edificada sobre a rocha – que é Deus – melhor ainda, não cai nunca!).

Vou contar uma historinha que ilustra bem a nossa responsabilidade pessoal na construção do amanhã.

João é um empresário bem-sucedido, que mora em uma das principais cidades do país. Como de costume, tomou café com sua família, levou os filhos ao colégio e, em seguida, foi para a sua empresa. Ao final do dia, João voltou para casa, ficou um tempo com a família, e depois saiu para ministrar uma palestra dirigida a estudantes, cujo tema era “motivação para vencer na vida”.

Enquanto isso, em um bairro pobre de outra cidade, vive Mário. Como fazia todas as sextas-feiras, foi para o bar jogar sinuca e beber com os “amigos”, onde chegou um pouco nervoso, pois estava desempregado. Um amigo havia conseguido para ele  uma vaga como auxiliar de serviços gerais na empresa em que trabalhava, mas Mário recusou, porque “não gostava desse tipo de trabalho”. Mário não tem filhos e está sozinho, pois sua terceira esposa, cansada de ser maltratada por ele, o deixou. Atualmente ele mora de favor na casa de um amigo, que é mecânico.

Naquele dia, Mário bebeu “umas a mais” e pediu para pendurar a conta. Mas estava sem crédito até mesmo no bar, e o dono do estabelecimento acabou colocando Mário para fora.

Sentado na calçada, Mário chorou pensando no que havia se tornado sua vida. Seu único amigo, o mecânico, o levou para casa, e depois de acomodá-lo no sofá da sala, perguntou-lhe:

– Mário, o que fez com que você chegasse ao fundo do poço dessa maneira?

Ele então desabafou:

– Foi minha família. Meu pai era um péssimo exemplo. Ele bebia demais, batia em minha mãe, não parava em emprego nenhum. Tínhamos uma vida miserável. Quando minha mãe morreu doente, por falta de condições, eu saí de casa, revoltado com a vida e com o mundo. Eu tinha um irmão gêmeo, chamado João, que também saiu de casa. Nunca mais o vi e não sei para onde foi. Deve estar por aí, vivendo uma vida miserável como a minha.

Enquanto isso, na outra cidade, João terminava sua palestra para os estudantes. Já estava despedindo-se, quando um aluno ergueu o braço e fez a seguinte pergunta:

– Diga-me, professor, o que fez com que o senhor chegasse onde está hoje? Um grande homem, empresário bem sucedido e líder reconhecido por toda a comunidade.

João, emocionado, respondeu:

– Foi minha família. Meu pai foi um péssimo exemplo. Ele bebia demais, batia em minha mãe, não parava em emprego nenhum. Tínhamos uma vida miserável. Quando minha mãe morreu doente, por falta de condições, eu saí de casa, decidido que aquela não era a vida que eu queria para mim e para minha futura família. Eu tinha um irmão gêmeo, chamado Mário, que saiu de casa pouco antes de mim, mas não sei para onde foi. Nunca mais o vi, mas espero que esteja vivendo uma boa vida.

O que mais temos visto por aí, são homens e mulheres (e neste ponto falo mais particularmente às mulheres mesmo) que agem como Mário. Se espelham no mau comportamento de suas mães, repetindo os mesmos maus tratos com seus maridos, agindo de forma detestável, sem respeito, sem carinho, sem amor, porque aprenderam assim. Devemos aprender com todas as situações da vida. À nossa volta temos exemplos bons e exemplos ruins e podemos aprender com os dois tipos. Os bons a gente copia, os maus a gente evita repetir.

O amanhã não é um lugar para onde estamos indo, mas o lugar que estamos construindo hoje. O que vai definir o futuro de cada pessoa não é o seu passado, mas as atitudes e os comportamentos que adota no presente. Algumas pessoas preferem deixar que sua biologia determine e escreva sua biografia. Não percebem que, ainda que o passado não possa ser modificado, o seu futuro, a sua biografia e a sua história de vida são escritos todos os dias a partir das decisões e escolhas que fazem – ou deixam de fazer.

Tome uma atitude: construa o seu amanhã! Sua biografia pode ser muito maior que sua biologia!  

Fonte: Coisa de Casada

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