O mal encantado – parte 1

A cada segundo de nossas vidas o inimigo está ao derredor esperando uma brecha para nos afastar de Deus, para destruir nossas famílias, criar intrigas nas igrejas, entre outros planos maquiavélicos, mas isso todos nós sabemos -, mas e se eu disser que ainda vigiando, orando e sabendo da presença do inimigo, nós ainda cultivamos ou deixamos que cultivem o mal como se fosse um belo jardim?

É isso mesmo! Todas as vezes que não edificamos nossas casas assistindo programas de TV, filmes e desenhos que não agradam a Deus, ou deixamos que nossos filhos assim o façam estamos cultivando o mal, deixando que ele habite e domine sobre nosso lar. Todas as vezes que não prestamos atenção no que nossos filhos assistem, acessam ou jogam na internet, compactuamos com o mal.

Estamos negligenciando nossos pequenos e nossos adolescentes para termos um pouco de descanso, de tranquilidade depois de um dia de serviço. Quantas vezes ouvimos dizer que as ‘crianças de hoje’ não se interessam pelas brincadeiras de antigamente; mas será que estamos insistindo, ensinando e brincando com eles ou ainda buscando opções que os tirem do domínio do mal?

As profundezas das trevas não são mais tão sutis, nem tão tenebrosas. Pelo contrário, são encantadas. Isso mesmo, cheias de fantasias, sonhos realizados e um mal tão disfarçado que nossas filhas não querem mais ser princesas, elas querem ser bruxas, porque as mesmas não são mais tão assustadoras.

Um exemplo disso é o filme que foi lançado recentemente com arrecadação inicial de 70 milhões de reais, “Malévola”, estrelado pela atriz Angelina Jolie, que por sua vez é uma fada boa e a responsável por manter a paz entre dois reinos (porém desde pequena possui chifres e asas).

Após se apaixonar e ser abandonada por seu amor que só pensa em ser líder de um reino torna-se vingativa e amarga. Então, decide amaldiçoar a filha de seu antigo amor, mas no decorrer do filme, passa a ter sentimentos de afeto e amizade em relação a jovem princesa. Quanto o público chega nesta parte do filme, ele já pode justificar todas as obras más da bruxa incompreendida, e simpatiza de tal forma por ela que já está torcendo por seu final feliz.

O filme é a nova versão da história que tão bem conhecemos da Bela Adormecida, mas contada do ponto de vista da vilã Malévola, nome cujo significado é: que causa e faz o mal, ou seja, alguém malvado. Seu apelido é “a senhorita de todo o mal”. O chifre dela é conhecido como ‘chifre do diabo’ (dá para achar que se trata apenas de um filme inocente?).

Seu ajudante é o diaval, cuja aparência real é de um corvo, mas a bruxa o transforma em humano quando precisa. Em uma sinopse, esse personagem é citado como um personagem importante, sério, engraçado, ou seja, um dos favoritos (reflita). Ele se tornou servo de Malévola, depois que ela o salvou da morte. Cada vez que ela precisa dele, o transforma em algum ser e o ordena a fazer algo.

Há alguns anos, ser mal ou do mal era feio, mas há algum tempo se tornou atraente e hoje, por pior aparência que tenha, o mal é bonito e o pior, compreendido. Ou seja, se ele tem um motivo para ser assim, ele pode existir e devemos não só compactuar, como ainda apoiá-lo, e por fim, podemos ser como ele, já que o mal é engraçado, bonito, atraente e algo muito, muito aceitável.

Em determinada cena, a princesa (já moça) encontra Malévola que está escondida e diz: “Não tenha medo, apareça. Você tem me vigiado a vida inteira. Sua sombra me persegue desde que eu era pequena”, pedindo para que a bruxa se mostrasse a ela. A bruxa por sua vez responde: “Se eu aparecer você é que vai ter medo” e aparece em seguida, mas a reação da jovem princesa é de encantamento ao ver o rosto de sua “protetora”.

Basta assistir um dos trailers do filme e ouvir a seguinte narração: “Tudo o que ela invoca é das profundezas, é do escuro”. E, em determinada cena, a bela Bruxa invoca todos os seres que vivem nas sombras para que lutem com ela.

Todos sabem que crianças tem o costume de reproduzir filmes e desenhos que gostam. A febre Malévola já está em todo o lugar. Crianças, jovem e adultos com réplicas dos chifres, reproduzindo falas, usando fantasias, comprando bonecas e pintando desenhos. Durante todo o filme a bruxa fala sobre maldade, ódio e vingança, mostrando que ao ser traída seu coração virou pedra e, por isso, se tornou fria e vingativa ( e isso não é ruim); acredito que não precisa de mais nada para confundir nossas crianças, não é?

O intuito deste artigo não é de condenar ou proibir que assistam ao filme citado. O interesse é que os cristãos abram os olhos e peçam orientação do Espírito Santo para que façam uma lista de “coisas do mal” que circulam tranquilamente por nossas casas, como filmes, programas e séries de TV, desenhos animados e ainda sites e redes sociais da internet que nos afundam ao mundo das trevas e que nos faz aceitar comportamentos que nos afastam de Deus. Quer um exemplo? Muitas vezes usamos a frase para assuntos relacionados a sexo, horóscopo, espiritismo, entre outros : “não tenho nada contra”

Estamos deixando que nosso lar e nossos filhos fiquem à mercê do mal que parece ser bom. Eles assistem novelas que mostram a realidade que o inimigo quer implantar; estamos assistindo demais TV e lendo pouco a Bíblia Sagrada. Nossas referências e opiniões estão baseadas na palavra de Deus? Se muitas vezes nos deixamos levar pelo mundo de tão envolvidos ou distraídos que estamos com suas ações e publicações, imaginem nossas crianças e adolescentes?

Elas são levadas as profundezas do abismo e acham tudo lindo, acreditam que um mal incompreendido é tolerável. Elas já não têm medo de seres de preto com chifres enormes; de fantasmas demoníacos, de espíritos que atormentam e bichos tão feios e malignos que é impossível descrever.

Através de filmes, desenhos e jogos, nossos filhos aprendem o que não deveriam e quando vamos ensiná-los que é ‘coisa’ do mal, eles já não entendem o mal como o mal, mas sim como aceitável. Não é aceitável que o inferno envolva nossos meninos e meninas através de magia, fadas, ‘bruxas boas’, monstros bonzinhos e inimigos legais.

Crianças e adolescentes e ainda uma grande parcela de adultos têm se enganado achando que está longe do mal. As profundezas do maligno têm sido mostradas a nós que apenas relatamos: “que filme ótimo”.

As músicas de cantores pop e rock nos levam ao mundo da magia negra e feitiçaria, maçonaria e dos iluminatis. As sertanejas, funk, pagode e outras, falam de sexo, bebida, pornografia (subliminar ou não), e ainda de traição, prostituição e sexo antes do casamento.

Para ser feliz e se divertir é preciso beber, fumar, transar, usar roupas sensuais e escandalosas, se esfregar em um parceiro de uma única noite? NÃO!, É CLARO QUE NÃO! Mas as músicas, filmes, novelas e programas de TV dizem que sim, e isso fica na mente de nossas crianças e adolescentes.

É por esses e outros motivos que posso afirmar que devemos acompanhar nossos filhos em tudo. Leia o que ele está lendo. Assista a seus programas e filmes, caso ele peça para ir ao cinema, antes de responder pesquise não só a classificação do filme a ser exibido e assista o trailer; veja TV com ele, tenha a senha de suas redes sociais, e interaja com ele a fim de auxiliá-lo a identificar as ciladas do maligno. Oremos e jejuemos para que o desejo do que é do mal, seja afastado de seu coração e mente.

Não vamos deixar que outros valores e atitudes sejam implantados em nossos bens preciosos. Vamos deixar a TV, o computador, a internet, o videogame e o celular para terceiro, quarto ou mais planos e envolver-se com nossas famílias, orando, estudando a palavra, participando das atividades da igreja, louvando, realizando passeios saudáveis, etc.

Vamos dar um basta! Eu insisto que faça uma de programas, jogos, filmes, desenhos e outras coisas que seus filhos assistem e avaliar se realmente é viável, assim como o tempo em frente a esses aparelhos eletrônicos.

As famílias só serão edificadas, quando houver mudanças de comportamentos e atitudes em direção à Deus. Ah é só um filme! Não é só um filme, é uma oportunidade (lembre-se disse sempre).

Busque a direção de Deus com a certeza de que Ele o guiará, livrando-o do mal. A Bíblia Sagrada nos alerta: “O meu povo perece por falta de conhecimento” – (Oséias 4: 6). Ore, pesquise, se informe e saberá com a direção do Espirito Santo como as ciladas do maligno tem entrado em sua vida e seu lar.

Eu e minha casa serviremos a Deus. Josué 24:15.

No próximo artigo “O mal encantado – parte 2”, falaremos sobre os desenhos animados, conto desde já com as orações de todos para que o Espirito Santo possa abrir nossas mentes para entender e nossos corações para aceitar as  mudanças que urgentemente devem ser implantadas em nossas casas.

Por: Daniela Trombeta

Fonte: Sou da Promessa

Sem comentários